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'Quis celebrar a Páscoa': Diocese de Piracicaba lamenta morte do papa Francisco e ressalta legado à igreja


Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, morreu aos 88 anos nesta segunda (21). Primeiro pontífice latino-americano deixa legado de tolerância e diálogo, fez reformas, acolheu minorias e priorizou os pobres. Papa Francisco morre aos 88 anos

Vaticano

A Diocese de Piracicaba (SP) manifestou profundo pesar pela morte de Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, aos 88 anos, nesta segunda-feira (21). O pontífice, que ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos, morreu às 2h35 pelo horário de Brasília, 7h35 pelo horário local. As informações do falecimento foram confirmadas pelo Vaticano.

O papa Francisco se recuperava de uma pneumonia nos dois pulmões após ficar internado por cerca de 40 dias. A Igreja Católica deve se reunir nas próximas semanas para decidir quem será o novo papa.

'Quis celebrar a Páscoa', diz bispo de Piracicaba

O bispo diocesano de Piracicaba, Dom Devair Araújo da Fonseca, retomou uma passagem do evangelho para destacar o fato do pontífice ter participado das celebrações da Páscoa com a comunidade católica mundial.

“Essa notícia nos entristece, sobretudo neste momento da Páscoa, quando celebramos a Ressurreição do Senhor, mas ao mesmo tempo, nós vemos a bondade de Deus. No dia de ontem [Domingo de Páscoa], o Papa esteve presente em algum momento da celebração da Ressurreição da Páscoa do Senhor, e isso foi muito importante para os fiéis, inclusive ele tem uma pequena palavra", disse.

"Um trecho do Evangelho, em que Jesus fala que desejou ardentemente comer a Páscoa com seus discípulos, ele se cumpre também na vida do Santo Padre. Ele que quis celebrar esta Páscoa, pôde celebrar a Páscoa, e agora foi fazer esta Páscoa no céu com o Senhor”, destacou.

⛪Missa: A Diocese de Piracicaba realiza Santa Missa Exequial em sufrágio da alma do papa Francisco às 19h desta segunda-feira (21), na Catedral de Santo Antônio, em Piracicaba.

AO VIVO: Acompanhe a repercussão da morte do papa

Legado

Primeiro pontífice latino-americano, o papa Francisco deixa legado de tolerância e diálogo, fez reformas, acolheu minorias e priorizou os pobres. Dom Devair também ressaltou a trajetória do líder da igreja católica.

"Neste momento de dor para toda a Igreja Católica, recordamos com gratidão o extraordinário legado do Santo Padre, que em seu pontificado promoveu incansavelmente a misericórdia, o diálogo e a atenção aos mais necessitados, renovando a presença da Igreja no mundo contemporâneo com seu testemunho de humildade e proximidade", comunicou o bispo diocesano, Dom Devair Araújo da Fonseca, no documento.

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A morte de Francisco ocorreu na data em que os católicos chamam de primeiro dia da oitava da Páscoa, nessa segunda-feira (21).

"Ele celebrou esta última Páscoa ontem, ainda deu uma palavra aos fiéis, mas aqui nós vemos a força do Evangelho, [que diz] 'Desejei ardentemente comer esta última Páscoa convosco'. Foi assim que o Santo Padre encerrou o seu tempo no governo da igreja, dando um testemunho da fé, dando um testemunho vivo daquilo que ele acredita, porque durante todo o momento da sua doença ele esteve firme, sempre mandou mensagens, sempre mostrava esse desejo da vida e, sobretudo, o respeito do fim natural da sua vida", concluiu.

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Papa Francisco

Nascido em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, na Argentina, Francisco foi o primeiro papa latino-americano da história. Ele também foi o primeiro pontífice da era moderna a assumir o papado após a renúncia do seu antecessor e, ainda, o primeiro jesuíta no posto.

À frente da Igreja Católica por quase 12 anos, Francisco foi o papa número 266. Em 13 de março de 2013, durante o segundo dia do conclave para eleger o substituto de Bento XVI, Bergoglio foi escolhido como o novo líder – inclusive contra a sua própria vontade, segundo ele mesmo admitiu. Relembre a carreira do papa mais abaixo.

Papa Francisco deixa legado de transformação na Igreja Católica

Alta após quadro de bronquite

Francisco se recuperava de uma pneumonia nos dois pulmões, quadro que o manteve internado por cerca de 40 dias. Há um mês, ele teve alta e estava sob cuidados médicos.

A primeira hospitalização foi no início de fevereiro. Nos dias seguintes, o papa começou a ter dificuldades para discursar durante audiências religiosas. Ele admitiu publicamente que estava com dificuldades respiratórias e chegou a pedir para um auxiliar fazer a leitura do sermão.

Papa Francisco dá a bênção para fiéis no final da missa de Páscoa presidida pelo Cardeal Angelo Comastri na Praça de São Pedro, no Vaticano, no domingo, 20 de abril de 2025.

Andrew Medichini/AP

No dia 14 de fevereiro, o papa foi internado no hospital Agostino Gemelli para fazer exames e tratar a bronquite. Mesmo hospitalizado, ele continuou participando de algumas atividades religiosas. No domingo (16), ele pediu desculpas por faltar à oração semanal com fiéis na Praça de São Pedro.

O Papa Francisco acena ao aparecer inesperadamente durante a missa do Domingo de Ramos na Praça de São Pedro, no Vaticano

REUTERS/Yara Nardi

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