Município se separou de Santos em 1948. Dupla Zé Neto & Cristiano se apresentará às 21h, no Kartódromo Municipal, para comemorar a data. Cidade brasileira que já foi considerada a mais poluída do mundo pela ONU recebe selo verde internacional
Prefeitura de Cubatão/Divulgação
Cubatão (SP). comemora 76 anos de emancipação político-administrativa nesta quarta-feira (9). Para celebrar o aniversário, a administração municipal organizou uma extensa programação ao longo de abril.
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O município, que se separou de Santos em 1948, foi considerado o Vale da Morte pela Organização das Nações Unidas (ONU) nos anos 80. Atualmente, Cubatão é um dos maiores polos industriais da América Latina e símbolo de recuperação ambiental.
Na data comemorativa, nesta quarta-feira, a dupla Zé Neto & Cristiano se apresentará às 21h, no Kartódromo Municipal (Rua Bernardo Pinto, Vila Paulista).
A programação ainda inclui uma missa na Paróquia Nossa Senhora da Lapa, às 10h, e a cerimônia de posse da nova diretoria da Associação Comercial e Industrial de Cubatão às 19h.
Zé Neto & Cristiano
Divulgação
História
A trajetória do município teve início no século 16, em 10 de fevereiro de 1533, quando seu nome apareceu pela primeira vez em um documento oficial, durante o processo de colonização.
Há 492 anos, ocorreu a divisão de terras realizada por Martim Afonso para o colono Rui Pinto. Por isso, celebram-se duas datas significativas na cidade: o dia 9 de abril, marco da emancipação, e 10 de fevereiro, quando o território passou a ser reconhecido oficialmente.
O processo de autonomia remonta ao período pós-Segunda Guerra Mundial, época em que a região vivenciava um crescimento expressivo com a instalação de indústrias e o desenvolvimento de sua infraestrutura.
O avanço econômico e populacional intensificou o desejo de independência. Um plebiscito em 1948 determinou a separação de Santos e concedeu autonomia à localidade. Em 1º de janeiro de 1949, Cubatão tornou-se oficialmente emancipada e, em março, Armando Cunha assumiu como primeiro prefeito.
A partir dos anos 1950, iniciou-se um rápido desenvolvimento quando a região foi selecionada para abrigar a primeira refinaria de petróleo do Brasil, a Presidente Bernardes, da Petrobras. Este fato transformou o local no maior centro industrial da Baixada Santista, especialmente com a instalação do Polo Petroquímico e da Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa).
Vale da Morte
Com índices de poluição atmosférica dez vezes superiores aos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o local ficou conhecido como “Vale da Morte”, devido à concentração de empresas químicas, petroquímicas e indústrias.
Cerca de 300 fontes de poluentes foram emitidos no ar, água e solo. Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), em 1983, a situação atingiu níveis críticos. Assim, o governo estadual solicitou à instituição o desenvolvimento de um programa de combate e controle dos gases, resíduos e efluentes gerados pelo complexo industrial.
Em 1980, os poluentes emitidos pelas indústrias causavam transtornos à população.
Reprodução/Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb)
Símbolo de recuperação
Quatro décadas após a implementação do programa, a cidade apresenta reduções impressionantes de contaminantes, diminuindo em 98% os poluentes atmosféricos.
Este avanço fez com que Cubatão conquistasse o título de Cidade Símbolo de Recuperação Ambiental na Eco-92, durante a conferência das Organizações das Nações Unidas (ONU) pelo meio ambiente realizada no Rio de Janeiro, em 1992.
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